maio 11, 2010

Comentários: Workshop de Arte Moderna e Contemporânea

Posted in marketing cultural tagged , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , às 11:38 am por Marketing Cultural

Olá para todos!!!

No último sábado, dia 08/05 (DIA DO PROFISSIONAL DE MARKETING!) foi realizado o Workshop Aprofundamento em Arte “Dispositivos da Arte Moderna e Contemporânea” com a mestra Sylvia Furegatti como estava marcado.

Agradeço desde já aqueles que conseguiram ir e passaram o sábado inteiro adquirindo conhecimento e experiências fantásticas que a Sylvia nos passou. Creio que, quem pode participar, não se arrependeu de “sacrificar” algumas horas de seu precioso sábado para assistir ao workshop. Gente, a hora voo!

Para aqueles que não puderam comparecer, terei de ser sincera em dizer: VOCÊS PERDERAM! Recebi alguns avisos e entendo perfeitamente a ausência de vocês.

Mas para dar pelo menos um “gostinho” e os faltantes saberem um pouco do conteúdo que foi dado, segue abaixo as anotações que fiz durante a aula. Sim, pois para mim foi mais que um workshop! Foi uma AULA de arte moderna e contemporânea!

Caso os participantes tenham anotado algo diferente ou queiram acrescentar alguma observação, fiquem a vontade e escrevam nos comentários ou enviem um e-mail para eu publicar ok!

ANOTAÇÕES

• Cada época tem-se uma definição de arte. Antes era entendida como “beleza”, agora é expressão. A ideia é mais importante que a matéria atualmente.

:: Destaques:

"A noite estrelada" Van Gogh • Quadro: “A noite estrelada” – 1889

Processo criativo do Van Gogh: “A imaginação é certamente uma faculdade que devemos desenvolver”.

 • Escultura “Fulcrum” – Richard Serra (Séc. XX – 1987).

Serra faz esculturas em dimensões de arquitetura (em aço, sem nenhuma solda) – quer ativar uma percepção corporal, não visual – organização de obras de arte urbanas, na rua.

Christo Javacheff – Intervenção urbana (empacota parte das cidades) – Pont Neuf Paris (1975).

“Não me julgue por aquilo que não me conhece” – Javacheff: faz mapas e colagens (esboça, cria e divulga! Um artista completo).

– Se você quer divulgar/comunicar um projeto cultural, tem que ir procurar o povo no meio da rua.

Rosangela Rennó – A linguagem fotográfica: pega negativos/fotos de outras pessoas e dá à imagem a percepção dela. Fotos descartadas por outros autores juntam os 2 pesos: memória e identidade. Experimenta saídas para aquilo que não é dela.

O processo criativo na arte acaba sendo uma estratégia! Os artistas são vistos como provocadores, como o público dele, que pode opinar, sugerir, criticar, expressar-se quando quiser.

:: Os sentidos da Vanguarda Modernista

Arte Moderna: obrigatoriamente é utilizado a palavra e o sentimento do NOVO.

– Aproximação da arte à vida cotidiana (não se faz mais as pinturas da antiguidade, como faraós, guerras, reis. Agora faz retrato de mendigo, da esposa, de algo presente ou uma visão de sua própria vida).

– Para o novo ser reconhecido: criação de textos, documentos, palestras explicativas no sentido de determinada vanguarda (divulgação e explicação da obra de arte) sob a forma de manifestos.

Artista visto como gênio: genialidade e geniosidade.

:: Vanguardas artísticas do Séc. XX

• Período de intensa movimentação cultural.

 

1)       Impressionismo – 1860 / 1870 (Velocidade e luz). 

Artistas: Monet, Edgar Degas, etc.

• Estratégia de guerra, sabem o que estão fazendo.

• Parecem pinturas inacabadas, mas é algo que é novo; nova metodologia não acadêmica.

• Pinceladas curtas, sobrepostas, colorido e não preto. Interessam-se pelo instante, velocidade, por aquilo que não vai se repetir.

• Fotografia na época era visto como ciência.

• Experimentos de luz.

• Rodin faz isso na escultura, em 1880 – “O pensador”.

2)      Cubismo – 1907 a 1914 (1ª Guerra Mundial).

 Artistas: Pablo Picasso e Georges Braque foram os fundadores.

• O cone, o cilindro e a esfera são as formas para construir qualquer tipo de imagem.

• Tudo que nos cerca, os objetos, tem vários ângulos facetados.

• Visão x Imagem

• Escultura: Brancusi – “O beijo” (esculturas sem base).

3)       Dadaísmo – 1916 (Zurique – Suíça)

• Grupo que detestava a guerra e o mercado acadêmico.

• Nascimento de um mundo novo.

• Trabalhos de provocação moral, estética, que provocam a Arte Contemporânea.

Marcel Duchamp: revolucionador, traz a Arte Contemporânea – sarcasmo total; ridiculariza o antepassado, a tradição (provocações constantes das limitações artísticas).

• Duchamp transforma o que já existe. Exemplo do bigode na Monalisa no quadro “A fonte” – aquilo que era do uso cotidiano, agora é arte moderna (surgimento do design).

• Montagens, experimentação com materiais e objetos diversos são o tom do dadaísmo.

• Arte gráfica: páginas impressas com várias experimentações (nasce o espaço visual, o folder, o flyer).

4)       Surrealismo – 1924 a 1940

 • Artes que são além do mundo real, é um mundo paralelo.

• Imaginação, sonho, subconsciente.

Rene Magritte: “O passeio Euclidiano” e “Isto não é um cachimbo”.

• Mais conhecido: Salvador Dali.

• Objetos de designer.

 

 

5)       Neoplasticismo – 1914

• Extremamente estruturadas e organizadas.

• Abstração e pureza.

• Forte ligação entre design, plástica e arte.

• Raciocínio dos cubistas com estruturas geométricas, decupando as informações.

Piet Mondrian – rigor absoluto (filosofia e matemática).

• A abstração é pura e a figura impura.

• Pouco ou quase nenhuma cor; sem títulos para o trabalho – quando tem cor, são todas primárias (azul, amarelo, vermelho, preto e branco) – sem moldura.

• São os quadrados que compõe a figura (pixels).

• Ideia de continuidade.

6)       Pop Art – Inicio dos anos 50 (Inglaterra e EUA)

• História em quadrinhos, publicidade.

• Agigantamento dos objetos da paisagem.

• Repetição de imagens.

• EUA sai na frente da Europa.

Andy Warhol – cultura através da TV, cinema, publicidade. É um artista comercial que cria estratégias para visibilidade de sua arte.

Claes Oldenburg – escultor de 1998.

• As empresas começam a perceber a arte como comércio.

• A comunicação de massa que traz o sucesso do artista.

O importante é a visibilidade do artista/obra e não a inovação (Anne Cauquelin).

 

Perceberam como a comunicação, na área cultural (e em tudo, na realidade) é fundamental? A “introdução” foi dada neste worshop e, a partir de agora, mostrarei a vocês qual caminho seguir para a divulgação correta de qualquer ação cultural.

Bom, espero ter ajudado um pouco aqueles que nao puderam comparecer a esta formidável aula de artes.

Fico no aguardo das considerações de todos!

Até sábado que vem, dia 15/05 na ASSAOC!

Abraços!

Tati.